Livro de Victor Viana. O Menino do Guarda Chuva - Uma Historia de Búzios.

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terça-feira, 1 de março de 2011

Criador de demônios.

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Peguei um demônio para criar. De tanta pena que dá do mau.
O  sevei  com todo tipo de lavagem boa. Daquelas da qual se alimentou o filho prodigo.
Aconselhei-lhe a deixar crescer os cabelos e a barba. Para se parecer com Cristo, como fez John Lennon e Che Guevara.
Era um demônio bom. Cheio de boas intenções...
O eduquei seguindo a risca o método do cantinho da reflexão.  Com doses de grande amor. A qualquer travessura lhe enfiava um ferro quente na mão.
Ao aparar seus chifres notei que uma lagrima corria de um dos seus 365 olhos gordos.
Com a mão espalmada ao peito me confidenciou o amor,
que tinha por uma santa mulher que lhe prometeu o coração depois que ele subisse a  montanha e matasse um dragão.

Victor Viana @VianaBuzios 

Poesia facebook ( Novíssimo e cheio de bug )

o verdadeiro livro de rostos 

Escrevi um verso tão bonito,

mas que espanto me causou tal criação, 

era tão lindo o meu poema, rico de rimas, 

cheio de palavras fátuas, era um poemão.



Era um poema de amor,

era um poema de alegria 

era um poema multi cor

era como água que fervia



era qualquer coisa.

meio rosa

meio sol de verão

meio coração



com pintassilgos e rouxinóis

e flores de montão

Era um desperdício assim eu vi, 

por isso, ele veio enfeitar a página de perfil do facebook.



Arildo Guimarães

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O Verde Livro Tosco. Publicação Digital.

Essa é a publicação digital na integra do Verde Livro Tosco de Victor Viana. È gratuito. Basta entrar e ler.






Victor Viana @VianaBuzios 

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Defina arte para mim?

Peça da coleção " Centrismo" de Naldo Marquez. 

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O Ser humano é pateta

Você 



A afirmação nasce da desconfiança de que estamos sempre interpretando um papel- a idéia talvez nem seja tão original-  a vida social é toda marcada por pequenas mentiras e omissões do que verdadeiramente somos.  Dessa forma toda a patetice humana se manifesta. Por mais pose que tenhamos, a patetice espirra dos poros feito água represada e uma hora ou outra em vários momentos da vida revela a quem quiser o quanto somos patetas.

O mundo nos ensina a sufocar quem somos. E isso mais pateta ainda nos torna.  Esse passo foi colocado por acreditar que nenhuma obra de arte, seja literatura, pintura ou musica pode ser legitima se não expor  o ser humano por inteiro e sem a dimensão pateta. O ser humano nunca está sendo representado por inteiro.
Modelos, apresentadores de TV, Jornalistas de grande noticiários de TV, empresários,...todos são patetas. Pela Tv- que nortea a mente dos idiotas – você é um. Não se chateie eu também sou.-  são editadas as ações patetas dos exemplos midiáticos a serem seguidos. Mas são patetas também. 

O que pensei nessa época e ainda penso é que se eu escrevo um livro, tenho a obrigação de revelar isso a quem lê.

Essa pratica é uma constante na literatura universal. Para não ficar citando modernistas irei aos clássicos; em Machado de Assis se encontra essas discrições de patetice: quer personagem mais dado a patetices que Bentinho em Dom Casmurro?

 Mas que há de original no passo de nosso manifesto é o fato de se atentar claramente para isso e incitar o artista a  praticar essa  reflexão filosófica  e criar seus personagens a estarem confrontados com sigo mesmo. Você é um pateta. Sim você é! Não adianta ficar nervozinho, não gostou cai pra dentro!  È Pateta “mermo”! Pateta! Pa Te ta! Aahahhahahahahahahahhaahahah vai patetão!

Victor Viana  @ VianaBuzios 

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O Curinga

Um poema recém criado feito a partir da proposta  do ant movimento amalucado e sem rumo, que no entanto aponta. Para todas as direções; é claro. 



A cara do palhaço ri
O estridente trincar dos dentes
Espalha cartas no ar
Caem como chuva no chão!
O palhaço tem a cidade na mão!
Não! Eu digo Não!
<< Não vou entrar no jogo assim>>
Quero terno, gravata, calça tergal.
Paletó, sapato, gel  e cueca apertada no pau.
Fico distinto. Ando atônito, sei que minto. Estou na TV.
Digo o que fazer. Ensino a crer. Votem em mi! Votem em mim!
Este rosto serio é meu.
O palhaço sou eu?

Victor Viana @VianaBuzios 

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O Finale ( um poema de amor ant-romantico, ou não )

 Parte de “O Verde Livro Tosco”


Você vinha
Como quem
Não vinha

Beijando-me
Sem boca
Alito, língua
Saliva

Tentei te abraçar
Mas era feita
De fumaça

Me senti
Romântico e bobo

Acho que sofri

Meu coração de pomba
Sacoleja solitário
No grande espaço
Da minha  caixa
                            Torácica

  
Não posso afirmar que houve-se um repudio ao Romantismo, mas talvez um desinteresse consciente. Digo consciente, porque éramos todos ligados a Barra de São João, e na maioria crescemos em torno da estatua de Casimiro de Abreu que fica na praça que leva o nome de um de seus poemas “ As Primaveras”.  E por sermos muito jovens o Romantismo ( talvez nem tanto os poemas) chamava a atenção pela vida de busca por aventura, mistérios e amores....afinal esses poetas eram na maioria também adolescentes como nós.

Mas se gostávamos não expressávamos, e assim criticávamos. E virávamos as costas, não totalmente srrsrs.  Eu adorava escrever poemas como esse, onde brincava com o Romantismo.  È um desafio escrever em português sobre amor sem traços de romantismo, é quase uma vaidade.  Aqui é clara a influencia de Drumond e sua poesia calcada no tédio da vida. A vida de um jovem na Região dos Lagos na quele tempo  ( ao menos a minha) era meio tediosa, um grande inverno sem grandes divertimentos, poucas mulheres disponíveis e uma sofrida espera pelo verão redentor que trazia mulheres em massa, na maioria superficiais, alem de apurrinhantes festas regadas a Axé Music e Funk Carioca.  Isso legitima o tédio amoroso desse poema.  As meninas que chegavam e despertavam tanto furor juvenil no coração e no sangue, logo partiam para suas cidades, e ficamos nós tentando encontrar alguém que preenchesse o vazio grande de um peito com  um pequeno coração de pomba dentro. 

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A Arte de Escrever o Nada ( Por Arildo Guimarães) poema novo usando os "Passos"


Arildo Guimarães - querendo ou não- um dos fundadores do Aglomerado de idéias Nova Ordem. 

Vai e escreva alguma coisa
Deite no papel sua lástima abrigada
Não precisam ser palavras dóceis
Nem admitir sua fragilidade
Mas diga alguma coisa
Se necessário arquitete seu idioma
Mas grite algo no papel
Não precisam ser palavras rimadas
Se precisar grite:
Vai tomar no cu!
Que sua poesia não tenha o cheiro das flores de maio
Que seja chata como o pólen primaveril
Suja como o bêbado vendo a lua da sarjeta
Mas escreva alguma coisa
Ociosa como uma puta numa manhã de segunda
Não se preocupe com os imaculados
Eles não conhecem a meia noite
Solte a verdade no seu peito
Destrave a trava e confia
Não espere que eles gostem
Não seja sutil, seja um elefante
Arranque esse punhal que te trava a alma
Se jogue nesse rio que não te levará a nada
E daí? Só não carregue essa cruz que não é sua
E confie
Escreva alguma coisa
Porra, caralho, buceta, foda-se
Isso, você está chegando lá
Continue, escreva alguma coisa.

Ps.  Nas entrelinhas uma homenagem a Fito Paez, Drummond e Miguel

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Não vou esperar cair dom céu. ( Algo novo feito a partir dos passos)

Não vou esperar cair do céu.
Não vou esperar nada. Nem a volta de Cristo, nem a volta dos Beatles, não vou esperar nada.
Não espero que nada caia do céu, não cairá.  Nem um tostão de sol mendigarei de você.
Minhas pernas foram feitas para andar. E andarei pelos sete cantos do mundo, eu andarei.
Não vou esperar cair do céu
Nem chuva, nem dólares ou maná.
Preciso trabalhar, suar.
E não me adequar
a linhagem dos putos
que comandam esse mundo.

Victor Viana  @VianaVictor