Livro de Victor Viana. O Menino do Guarda Chuva - Uma Historia de Búzios.

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terça-feira, 1 de março de 2011

Criador de demônios.

.

Peguei um demônio para criar. De tanta pena que dá do mau.
O  sevei  com todo tipo de lavagem boa. Daquelas da qual se alimentou o filho prodigo.
Aconselhei-lhe a deixar crescer os cabelos e a barba. Para se parecer com Cristo, como fez John Lennon e Che Guevara.
Era um demônio bom. Cheio de boas intenções...
O eduquei seguindo a risca o método do cantinho da reflexão.  Com doses de grande amor. A qualquer travessura lhe enfiava um ferro quente na mão.
Ao aparar seus chifres notei que uma lagrima corria de um dos seus 365 olhos gordos.
Com a mão espalmada ao peito me confidenciou o amor,
que tinha por uma santa mulher que lhe prometeu o coração depois que ele subisse a  montanha e matasse um dragão.

Victor Viana @VianaBuzios 

Poesia facebook ( Novíssimo e cheio de bug )

o verdadeiro livro de rostos 

Escrevi um verso tão bonito,

mas que espanto me causou tal criação, 

era tão lindo o meu poema, rico de rimas, 

cheio de palavras fátuas, era um poemão.



Era um poema de amor,

era um poema de alegria 

era um poema multi cor

era como água que fervia



era qualquer coisa.

meio rosa

meio sol de verão

meio coração



com pintassilgos e rouxinóis

e flores de montão

Era um desperdício assim eu vi, 

por isso, ele veio enfeitar a página de perfil do facebook.



Arildo Guimarães

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O Verde Livro Tosco. Publicação Digital.

Essa é a publicação digital na integra do Verde Livro Tosco de Victor Viana. È gratuito. Basta entrar e ler.






Victor Viana @VianaBuzios 

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Defina arte para mim?

Peça da coleção " Centrismo" de Naldo Marquez. 

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O Ser humano é pateta

Você 



A afirmação nasce da desconfiança de que estamos sempre interpretando um papel- a idéia talvez nem seja tão original-  a vida social é toda marcada por pequenas mentiras e omissões do que verdadeiramente somos.  Dessa forma toda a patetice humana se manifesta. Por mais pose que tenhamos, a patetice espirra dos poros feito água represada e uma hora ou outra em vários momentos da vida revela a quem quiser o quanto somos patetas.

O mundo nos ensina a sufocar quem somos. E isso mais pateta ainda nos torna.  Esse passo foi colocado por acreditar que nenhuma obra de arte, seja literatura, pintura ou musica pode ser legitima se não expor  o ser humano por inteiro e sem a dimensão pateta. O ser humano nunca está sendo representado por inteiro.
Modelos, apresentadores de TV, Jornalistas de grande noticiários de TV, empresários,...todos são patetas. Pela Tv- que nortea a mente dos idiotas – você é um. Não se chateie eu também sou.-  são editadas as ações patetas dos exemplos midiáticos a serem seguidos. Mas são patetas também. 

O que pensei nessa época e ainda penso é que se eu escrevo um livro, tenho a obrigação de revelar isso a quem lê.

Essa pratica é uma constante na literatura universal. Para não ficar citando modernistas irei aos clássicos; em Machado de Assis se encontra essas discrições de patetice: quer personagem mais dado a patetices que Bentinho em Dom Casmurro?

 Mas que há de original no passo de nosso manifesto é o fato de se atentar claramente para isso e incitar o artista a  praticar essa  reflexão filosófica  e criar seus personagens a estarem confrontados com sigo mesmo. Você é um pateta. Sim você é! Não adianta ficar nervozinho, não gostou cai pra dentro!  È Pateta “mermo”! Pateta! Pa Te ta! Aahahhahahahahahahahhaahahah vai patetão!

Victor Viana  @ VianaBuzios 

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O Curinga

Um poema recém criado feito a partir da proposta  do ant movimento amalucado e sem rumo, que no entanto aponta. Para todas as direções; é claro. 



A cara do palhaço ri
O estridente trincar dos dentes
Espalha cartas no ar
Caem como chuva no chão!
O palhaço tem a cidade na mão!
Não! Eu digo Não!
<< Não vou entrar no jogo assim>>
Quero terno, gravata, calça tergal.
Paletó, sapato, gel  e cueca apertada no pau.
Fico distinto. Ando atônito, sei que minto. Estou na TV.
Digo o que fazer. Ensino a crer. Votem em mi! Votem em mim!
Este rosto serio é meu.
O palhaço sou eu?

Victor Viana @VianaBuzios 

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O Finale ( um poema de amor ant-romantico, ou não )

 Parte de “O Verde Livro Tosco”


Você vinha
Como quem
Não vinha

Beijando-me
Sem boca
Alito, língua
Saliva

Tentei te abraçar
Mas era feita
De fumaça

Me senti
Romântico e bobo

Acho que sofri

Meu coração de pomba
Sacoleja solitário
No grande espaço
Da minha  caixa
                            Torácica

  
Não posso afirmar que houve-se um repudio ao Romantismo, mas talvez um desinteresse consciente. Digo consciente, porque éramos todos ligados a Barra de São João, e na maioria crescemos em torno da estatua de Casimiro de Abreu que fica na praça que leva o nome de um de seus poemas “ As Primaveras”.  E por sermos muito jovens o Romantismo ( talvez nem tanto os poemas) chamava a atenção pela vida de busca por aventura, mistérios e amores....afinal esses poetas eram na maioria também adolescentes como nós.

Mas se gostávamos não expressávamos, e assim criticávamos. E virávamos as costas, não totalmente srrsrs.  Eu adorava escrever poemas como esse, onde brincava com o Romantismo.  È um desafio escrever em português sobre amor sem traços de romantismo, é quase uma vaidade.  Aqui é clara a influencia de Drumond e sua poesia calcada no tédio da vida. A vida de um jovem na Região dos Lagos na quele tempo  ( ao menos a minha) era meio tediosa, um grande inverno sem grandes divertimentos, poucas mulheres disponíveis e uma sofrida espera pelo verão redentor que trazia mulheres em massa, na maioria superficiais, alem de apurrinhantes festas regadas a Axé Music e Funk Carioca.  Isso legitima o tédio amoroso desse poema.  As meninas que chegavam e despertavam tanto furor juvenil no coração e no sangue, logo partiam para suas cidades, e ficamos nós tentando encontrar alguém que preenchesse o vazio grande de um peito com  um pequeno coração de pomba dentro. 

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A Arte de Escrever o Nada ( Por Arildo Guimarães) poema novo usando os "Passos"


Arildo Guimarães - querendo ou não- um dos fundadores do Aglomerado de idéias Nova Ordem. 

Vai e escreva alguma coisa
Deite no papel sua lástima abrigada
Não precisam ser palavras dóceis
Nem admitir sua fragilidade
Mas diga alguma coisa
Se necessário arquitete seu idioma
Mas grite algo no papel
Não precisam ser palavras rimadas
Se precisar grite:
Vai tomar no cu!
Que sua poesia não tenha o cheiro das flores de maio
Que seja chata como o pólen primaveril
Suja como o bêbado vendo a lua da sarjeta
Mas escreva alguma coisa
Ociosa como uma puta numa manhã de segunda
Não se preocupe com os imaculados
Eles não conhecem a meia noite
Solte a verdade no seu peito
Destrave a trava e confia
Não espere que eles gostem
Não seja sutil, seja um elefante
Arranque esse punhal que te trava a alma
Se jogue nesse rio que não te levará a nada
E daí? Só não carregue essa cruz que não é sua
E confie
Escreva alguma coisa
Porra, caralho, buceta, foda-se
Isso, você está chegando lá
Continue, escreva alguma coisa.

Ps.  Nas entrelinhas uma homenagem a Fito Paez, Drummond e Miguel

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Não vou esperar cair dom céu. ( Algo novo feito a partir dos passos)

Não vou esperar cair do céu.
Não vou esperar nada. Nem a volta de Cristo, nem a volta dos Beatles, não vou esperar nada.
Não espero que nada caia do céu, não cairá.  Nem um tostão de sol mendigarei de você.
Minhas pernas foram feitas para andar. E andarei pelos sete cantos do mundo, eu andarei.
Não vou esperar cair do céu
Nem chuva, nem dólares ou maná.
Preciso trabalhar, suar.
E não me adequar
a linhagem dos putos
que comandam esse mundo.

Victor Viana  @VianaVictor 

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Roubar é bom e necessário.


Eu sei que essa uma afirmação que em tempos de tanta violência pode causar muita estranheza.

Não menos estranheza causou a um pouco mais de uma década atrás quando grafei esse passo no manifesto. Os antropafagistas de 22 e depois os tropicalistas de 70, entre outros, gostam bastante de laurear a graça de deglutir o estrangeiro para assim ( como faziam os nossos índios) tirar para si o melhor que eles trazem em si e com o que temos fazer uma arte nacional e original. Mas nós não éramos tão meticulosos para entrar em uma empreitada tão complicada. Preferimos roubar o que nos agrada para assim melhorar o que é nosso. Para explicar melhor enfeitar o pavão com a pena dos outros.

Roubamos falas de pessoas na rua, frases pixadas em muros...citações de livros ...enfim roubamos. Mas uma vez lançamos mão de uma palavra para causar impacto. Não é bem roubo, é desapropriação. Tudo que está no ar nos pertence, e muitas vezes está nas mãos de quem não faz uso dessa perola, é como uma terra improdutiva. Vamos tomar, roubar...pois é bom e necessário!

Victor Viana @VianaBuzios

sábado, 26 de junho de 2010

Erros são acertos ( Victor Viana )


Erros são acertos Sim, a idéia está calcada na utilização de nossas próprias deficiências para criar uma expressão artística legitima. Há pessoas que são em alta medida eruditas e trabalham a partir de um ideal de perfeição, na maioria das vezes vindo dos ideais gregos e estendendo-se ao Renascentismo e coisa e tal. É importante citar as influencias; havia em nossa mente adolescente ( através da grade curricular das escolas de segundo grau publicas ) as contribuições dadas pela semana de 22, como o uso de pleonasmos, cacofonias, bairrismos lingüísticos...mas nunca nossas influencias podem ser avaliadas somente pelo que líamos por prazer ou obrigação. È importante entender o que ouvíamos, as letras de musica são chave que abrem bem as portas do que intuímos com esses passos. Podemos dar como exemplo as pronúncias regionalistas das letras de Zé Ramalho e Geraldo Azevedo ou o carioquez com palavras inventadas de Luiz Melodia passando por coisas de Rap e por ai vai...
Eu me lembro que eu gostava bastante de ir, enquanto andava de ônibus, olhando as frases pixadas nos muros e anotava as que me chamavam a atenção não somente pelo conteúdo mas também pelos erros de ortografia ou concordância que davam um charme todo especial a frase. Eu que eu posso mais dizer sobre esse passo? Posso dizer sobre mim; Trabalho a partir de minhas imperfeições, sou extremamente errôneo em minha escrita formal ( alem de ser dislexo ), sempre gostei mais da interpretação do texto ( Que dava menor nota) que do estudo da gramática ( Que dava a maior nota), por isso optei ( Ou não) por trabalhar com os erros, amá-los até. Mas é evidente que escrever errado simplesmente errado não faz de alguém artista. È preciso justamente desta consciência de que “erros são acertos” e trabalhar nisto. Isso se reproduz nas artes plásticas, o que se considera errado se torna o a arte certa ( Vide a obra de Naldo Marquez em www.clicfolio.com/naldomarquez como também se pode dar na musica popular, o violão de Jorge Benjor ( A minha geração conheceu ele já com o “jor” no final) foi classificado como tocado de forma errada e está certo, não está!? Mas é evidente que sempre se pode caminhar para uma visão mais filosófica das coisas, mas ver a parte filosófica de “Erros são Acertos” seria muito denso ( até chato ) aqui para este espaço.


( Eu diante de um acerto )

Volte para o Bar em Búzios no Link a baixo
http://projetoexperimentalbuzios.blogspot.com/

sábado, 19 de junho de 2010

Vanda. A micro-novela de Arildo Guimarães...



Estes são os dois primeiros capítulos da micro-novela “Vanda” de Arildo Guimarães, um dos, quer ele queira ou não, fundadores do aglomerado de idéias “Nova Ordem”. Desse grupo aqui no Face Book estão Arnaldo Marquez, Victor Pinto Viana, Arildo Guimarães, Alex Pinto Pedreira, Luis Maciel.

Confiram “Vanda” e sigam essa historia no
www.curingadebuzios.blogspot.com

CAP I: O QUARTO



Sentada sobre a cama a mulher olhava fixamente a janela e o dia de sol lá fora. Por entre a sua visão e a imensidão do mundo uma bela grade de proteção se estendia pela janela. Aquilo era um sinal de proteção, que deveria impedir aos que viessem de fora invadir o pequeno mundo de Vanda. Mas a mulher alisava a sua bela gata, que se espreguiçava sobre a cama e amolava suas unhas sobre a colcha branca, onde, aliás, era tudo branco naquele espaço. A gata agora olhava também a janela e vigiava com seus olhos felinos uma enorme borboleta que passeava contra a luz do sol e num repente ela pulou sobre a pequena Vanda, deu um salto sobre a cama até a janela e passou entre os ferros da grade e ganhou a liberdade do mundo, onde uma borboleta azul fazia peripécias acrobáticas no ar e a gata branca tentava a todo custo pegá-la.
Vanda ainda sentada sobre a cama sentiu-se mal, como se todo o branco do quarto avançasse sobre ela e o espaço que antes era um refúgio tranqüilo parecesse uma prisão inócua e sem vida. Mas seus olhos se fixaram na janela e a mulher como a gata deixou que a sua visão ultrapassasse as grades fortes de ferro e tomasse o mundo lá fora.
Como uma borboleta grandes asas de mariposas simplesmente nasceram no corpo esguio da mulher, impedindo que ela caísse sobre a cabeça de mil transeuntes que não estavam ali, aliás, lá fora não era o quarto de Vanda. Ela se assustou, mas as asas agora a levariam a qualquer lugar. O mundo lá fora não era mais o mesmo que a mulher um dia sonhou desbravar, tudo tinha um colorido azul, ora mudava para o verde, o vermelho. Era um mundo de cores e ela simplesmente voava com asas que não eram suas, mas que a levaram até uma enorme fila.
Vanda entrou na fila, lá na frente um grande cavalo sentado num belo trono de alfafa recebia oferendas de todos os tipos e lugares do mundo, muitos estavam ali para beijar os seus lindos cascos fendados. Ela olhou em volta e viu que ali tudo era de ouro, do chão ao teto, tudo era ouro polido e brilhante, mas aquele ouro lamentava algo. Velhas histórias de sofrimento e dor. Não era um ouro puro, era o ouro das almas perturbadas e dilaceradas a muito em um mundo que Vanda desconhecia. Despertando novamente a sua consciência, Vanda olhou em sua mão e lá estava um papel com o número 665, que marcava o seu lugar na fila para o Grande Cavalo. Ela sentiu que o dono do número 666, sussurrava algo em seu olvido, algo sobre liberdade e revolta e prazer. Logo sentiu que uma língua grande e escorregadia entrava por baixo do seu vestido e penetrava em sua vagina. A mulher teve um êxtase e desmaiou naquele mundo onde tudo que era para ser, só seria depois do fim do mundo.



CAP II.







OS FILHOS DE VANDA












Sentado na lua um insone observava a terra que lá de longe parecia um lugar calmo e tranqüilo. Mas nada era tranqüilo para Vanda, sua barriga crescera tanto que ali deveria ter pelo menos umas seis milhares de crianças, aquelas que foram mortas no massacre impetrado por Herodes o Grande, num tempo esquecido e que ninguém mais se lembra.
Vanda sentia-se muito mal, a hora estava chegando e ela caminhou até uma praia, ali seria o lugar onde ela iria dar a luz. Mas o barulho da música que vinha por todos os lados a atormentava, um milhão de pessoas dançavam freneticamente uma música que se repetia durante mil anos e ao fim do festim aquelas pessoas num transe frenético começaram a brigar uma luta que durou toda a estação das chuvas e no final jazia sobre a areia de Copabana um milhão de corpos que forram varridos e escondidos sobre a bela estátua do cristo redentor, que de braços abertos prometia abraçar toda a cidade.
Vanda caminhou até a água, mas aquela água do mar estava suja, um milhão de sapos e pererecas nadavam naquelas águas, mas a criaturas mais perigosas eram as bocas difamadoras que ali estavam perdidas há alguns séculos a espalhar mentiras sobre todas as coisas conhecidas. Aquelas bocas tinham a forma de um peixe, mas poderiam ser cobras no virar da noite e durante a manhã se transformavam em papel cheio de hieróglifos que recolhidas pelo governo eram vendidas como jornais, que depois de lidas e espalhar suas vulgaridades e obscenidades novamente eram descartadas e vinham dar na praia, onde se transformavam em bocas difamadoras.
Era chegada a hora, a mulher iria parir logo, e não havia um lugar sobre a terra que pudesse acolher aquela que daria luz as criaturas mais importantes já vistas nesse planeta que era observado pelo insone, que agora não mais na lua estava sobre o sol.
Depois de muita dor, e de gritar sem que ninguém viesse a ajudar a mulher deu a luz a sete seres. O primeiro foi o ponto, depois a vírgula, depois ao dois pontos, após a exclamação, o ponto e vírgula veio a seguir, um pouco depois nasceu à bela reticências e mais um pouco veio a nascer à interrogação.
Ali naquele lugar abandonado aquelas criaturas observam a sua mãe, uma mulher pequena e miúda que nunca antes saíra do seu quarto e agora era mãe de sete filhos incríveis. Cada um deles cresceu rápido e forte, mas o mais importante dele a interrogação era assediada por todos os povos do mundo pelo caos que ele poderia criar. Alguns achavam que aquela criança deveria ser queimada logo, outros tinham muito medo do que ela poderia trazer ao mundo, principalmente os demônios de vermelho. Deixar aquela criatura a solta seria um grande perigo, pois ela poderia despertar no homem a dúvida, e o homem nunca deveria duvidar daquilo que a TV dizia daquilo que o Grande Cavalo ordenava. Então Vanda vendo que ela e seu filho corriam risco fugiram dali escondidos dentro de uma carroça de ciganos que estavam passando pela praia de Copacabana.

CAP 3



O MUNDO DE VANDA... CONTINUA EM BREVE...














Arildo Guimarães foi ( mesmo que não goste de lembrar disso) um dos fundadores do aglomerado de ideias que alguns chamam de movimento, outros de ant-movimento "Nova Ordem". O texto "Vanda", foi uma das primeiras criações dessa trupe, e hoje pode finalmente sair das brumas da lenda e se revelar real e concreto.


terça-feira, 8 de junho de 2010

Um pouco mais da tosquesa esverdeada de um poema. ( Texto copiado do face Book de Victor Viana ) Por Esmael Carolho.

Existe um modelo clássico de arte ( Não é uma critica, é só uma constatação ) que está sempre calcado nos pilares de um ideal de pureza greco-romano ou cristão-judaico. Isso é algo natural, visto estas influencias estarem nas raízes do ocidente. Mas há como poesiar estando fora dessas influencias? Seria possível isso a pessoas nascidas e criadas nesse contexto? “Uma beleza clássica! Uma bundinha perfeita!”, acho que ouvi alguém dizer isso em um filme. Mas daria para poemar sobre uma bundinha imperfeita? Mas o próprio conceito de perfeição não é questionável, como já conversamos parcialmente na reflexão “O feio é belo’? Em “O verde livro tosco” eu não reflito sobre nada disso em um plano filosófico, não esperem isso deste livro. Tudo isso que acabei de dizer está lá apenas de forma estrutural...apenas...é uma poesia verde ainda e escrita de forma muito tosca, como seria de se esperar já que esse é o nome do livro.


Com se divide um livro verde:

Eu dividi o livro em três tominhos. O que é tominhos? Tominho vem de tomos! È tipo assim, “Esta obra de Platão é dividida em 300 tomos!”, entendeu? O meu é dividido em 3 tominhos rsrsrsrsrsr. È só isso!


Como se organiza uma poesia tosca:


Cada tominho contem três fazes de um mesmo projeto poético ( Um projeto em desordem, bem Nova Ordem ) .

• O primeiro tominho é uma poesia solta, solta mesmo, sem métrica, pontuação, acentuações casuais... há rimas, mas nem sempre elas rima, entende? Também não há conteúdo. Como assim? O que digo não tem conteúdo, não tem discurso talves explique melhor. São só palavras, aliniterações, anomatopeias, cacofonias e outros espasmos. Vejam um pouco do que estou tentando explicar:

Sombras brincos
Duvidas brincam
Claras bem leves
Todos os na saudade
Dias claros das palavras
De sombra ditas ao pé da orelha



Regras do ramo
Tempos o mais bonito
Caminhos brota flor
Infinitos brota amor

Percorro de multicor
Ao sul corte indolor
A vida A morte


Pinos frouxos
Loucos botões
Da blusa
Azul aberta





Deste um sonho
Condenado
Fado árduo
Que perdeu-se
Nova ordem
Sonda-me
No escuro
Que sou eu


Mais um pouco do tominho 1 do Verde Livro Tosco:




Eu pedi
Mas não recebi
O seu coração
Se foi
Na nova tristeza
Que há
Eu sei
Que sei
Que há o
Seu coração
Que se vai


Porta batendo
Inferno inferno
Me corroendo
Dentro a dentro
Dentes rangendo
Porta arrombada
Inferno eterno


Vou a casa
De quem
A casa de
Quem me quer
Espero estar lá
O quem me quer



Pessoa
Que ressoa nos
Meus ouvidos
Pessoa
Eu queria-te
Eu seja-te para mim


Suma solução
Vã é tu
Oh pensação
Que arde a cuca
Desorienta o coração






Cuida coisa
Com tudo
Tudo na mão
E serás tão
Imensidão

Agora chega, vamos ao tominho 2 :


• O Segundo tominho já há uma reflexão, alguma tentativa de expressar alguma coisa, mas tudo está meio verde ainda, já não é tão tosco quanto no primneiro tominho, mas não está pronto...quer dizer e pensa que diz alguma coisa...mas está verde ainda. Vejamos:




Ela gargalhava

Tomava na cara
Gargalhava
Tomava na cara
Comia bostas
Gargalhava
E tomava na cara












Absurdo
Um buraco no céu
Absurdo
O surdo
Céu
Sem buraco
Surdo
Surjo
Sujo
Subo
No buraco do céu
Absurdo
Um insulto
Envolto
Num céu
absurdo






Você brota no escuro
Flor da madrugada
Você desperta no breu
Sol da meia noite
Eu lhe vejo da janela
Da janela eu te quero
Sim mulher te quero
Te quero mulher te quero
Luz sem fonte
Que ilumina a rua
Como um espectro
De virgem
Que em meus sonhos
Aparece nua











A morte da estrela

Estrela morrendo
Em que universo alem?
Sopro nas narinas de barro.
Big bang!
Um universo em expansão
O fim virá?
O que havia antes de Deus
Acordar?
<<>>
desatinos da ciência
Big Bang!
O tempo do mundo
Não é o tempo do meu coração.







O finale

Você vinha
Como quem
Não vinha

Beijando-me
Sem boca
Alito, língua
Saliva

Tentei te abraçar
Mas era feita
De fumaça

Me senti
Romântico e bobo

Acho que sofri



Meu coração de pomba
Sacoleja solitário
No grande espaço
Da minha caixa
Torácica

















• O terceiro tominho quebra toda essa falsa idéia que talvez estivesse passando por sua cabeça de que havia um caminho de evolução no “Verde Livro Tosco”. Não há. O terceiro tominho são poemas símbolos. Sim, há uma influencia de poesia concreta. Sim há por que fingir que não, negar? Líamos sim poesia concreta, não só os irmãos Campos, como também gostávamos muito do que Arnaldo Antunes produziu na década de 90, tanto em livro como em musica e letra.























Acho que esse poema nem é tão concreto assim, mas eu o acho maneirinho:

Sol Nascente
Sol

Sol
Sol

Sol de manhãzinha
Sol de 11 horas
Sol Meio dia
Sol uma da tarde
Sol da tardinha
Sol
Sol
Sol
Sol poente






Esses são alguns dos poemas que compões os três tominhos do Verde Livro Tosco. Não é verdinho? E não é tão adoravelmente tosco?



OBS: vocês devem ter reparado que pouquíssimos poemas tem nome. Eu tenho essa dificuldade alem de muitas outras como dificuldade para dormir e acordar cedo. Naldo Márquez um dia me disse para numerar os poemas, já que não tinha nomes e era difícil se situar sobre eles assim. Naldo Márquez é um cara pratico.

Victor Viana

www.curingadebuzios.blogspot.com
www.movimentonovaordem.blogspot.com

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Falando um pouco do Centrismo





























Como o nome diz parte do centro, a arte em questão não causa distinção não se pode mudar a origem de uma mesma ação ela apenas gira cresce ou diminui, estes sentimentos e combustível de um artista caminhasse em linha reta ele jamais seria encontrado lembrado ou vivido o centrismo é isso uma continuação de si mesmo.

Vivemos ao redor de nos mesmos, e assim caminhamos até a nossa morte, mais o circulo em questão parte de vários pontos de um mesmo ser, criando variações continuas e eternas

























O centrismo gira e cresce e diminui nada de mirabolante julgo ser uma maneira razoavelmente interessante de interpretar, e nada mais...


Voltarei neste tema futuramente...



Naldo MarqueZ

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Uma poesia verde e tosca...

Seguindo na esteira que o Naldo Márquez abriu aqui, postando um poema de reflexão sobre o ser do poeta e ato de poemar, eu posto um poema meu do livro intitulado “O Verde Livro Tosco”. È uma tentativa de busca da própria poesia por ser tornar sempre autentica. Este livro escrevi para o movimento, curiosamente este o Naldo conhece pouco, mostrei e discuti ele mais com o Arildo Guimarães. Acho que no tempo em que montava este livro eu e o Naldo nos encontrávamos mais para discutir religião e assuntos ligados essa experiência.



poesia

A poesia virá
a poesia tem de vir
a poesia voará
saltará das paginas
e berrará cagará
catará seu piolhos
e os comerá

a poesia evoluirá
descerá das arvores
se agrupará
sexuará
trepará

milênios passarão


a poesia viverá
em cidades
se organizará
se alto normativará
criará
tribunais, igrejas, escolas
prisões

milênios passarão


a poesia se modernizará
e se alto destruirá
e dos cacos se levantará
a poesia.


Veja que aqui está a explícito o sentido do nome do movimento “Nova Ordem, que pode nascer da desordem”...a poesia como uma sociedade que se organiza se embrutece, fenece e do caos se levanta viçosa. Realmente não há pontuação, não há letras maiúsculas e há conjugação de verbos incorretos ou que nem existem...não há porque mudar, era sim que se concebe a poesia em uma Nova Ordem verde e tosca.

Victor Viana
Nosso seguidor e amigo fernado postou esse comentario na comunidade do Moviemento, lá no Orkut:

"Certa ocasião Picasso entregou um retrato (uma pintura cubista) para uma senhorita, ela ao ver disse:- Seria eu? não parece nada comigo!Então Picasso respondeu imediatamente:- Não parece agora, mas parecerá no futuro... "

E mais esse:

"Do you understand?pois zé: O BELO É TEMPORAL, CULTURAL E OCULAR, ESTÁ NOS OLHOS DE QUEM VÊ, AMAS O FEIO QUE BELO PARECERÁ... NÃO É?"

Tentei responder assim:
Bem, talvez eu não tenha entendido sua resposta, mas acho que estamos fechando nesse ponto. Bem concordo quando diz que a beleza é cultural, mas não temporal. Não é temporal, passageira...na afirmação do passo “O Feio é Belo” não é disso que trato. Na verdade não acredito em que a beleza seja passageira, passageira é a matéria ou a vida ( material). A Beleza é a única coisa que existe, o que não é belo não existe. Entendeu? É claro que isso é uma informação vinda da investigação filosófica. Eu, evidentemente. De primeiro plano me deparo com uma imagem ou uma pessoa mesmo, que considero feia. É um condicionamento cultural! Por isso disse que a beleza é subjetiva. Não temporal. É o que vulgarmente se diz mesmo: A beleza esta no olho de quem vê”.
Exemplos:
*Uma estatua de uma deusa grega
Uma estatua de uma deusa Hindu

Ambas são belas. Mas para um grego antigo, talvez, a deusa hindu lhe parecesse feia. E vice-versa. Hoje com os olhos globalizados, mais acostumados ao diferente de outras culturas, vemos com igual emoção ( a maioria pelo menos ) a beleza de ambas, mesmo tão distintas sendo. É na verdade a troca de um dualismo grego ( Feio e Belo ), por um lance mais ZEM, um total!!!! Acho que é isso...vamos conversar mais...Sobre a historia de Picasso...é mesmo um gênio fanfarrão.Abraços!!! "


Acho que tá bom né?

Victor Viana

domingo, 26 de julho de 2009

Brincando de escrever poesia




















Necrosados corroem vírgulas


O poeta esta mudo
Deve estar vomitando
Escarro da carne no tapete
Limpo
O poeta não fala
Tropeçou, pisou de tamanco
Na lua
O poeta não anda
Débil recluso Todos receitam
Pudim
O poeta abana...
Abana o vigário
O pai protestante
Abana o poeta da alças coloridas
Fedendo a banho morno
O poeta esta só...
Só com ele!
Caneta,Fósforo e gasolina
O poeta esta feliz?


















Os nomes dos meus poemas nunca foram muito esclarecedores como pode se ver neste “Necrosados corroem virgulas” mais o porque deste nome não vou explicar! Mais farei uma rápida explicação do poema em si, certa vez recebi uma critica de meu amigo Victor Viana que meus poemas deveriam vir com bula nunca perguntei o porque destes dizeres apenas compreendi a minha maneira mais levei em conta que ao escrever um poema eu sempre gostei de direcionar o leitor para uma suposta visão desejada o que as vezes complicava o compreensão da pessoa que se dispunha a Ler meus poemas percebendo este erro não mais o fiz mais este poema que postei aqui no blog e simples apenas relato o estimulo de um poeta o combustível que as vezes queima e as vezes flutua em direção a lua por vezes e necessário acende-lo e por vezes oprimi-lo pois a uma questão corrosiva entre os poetas a “verdade” de seus sentimento que preso e delirante quase no fim da vida existencial de um simples pensamento continua a flutuar este mesmo comete suicídio e depois se levanta e vai embora com a lembrança cheia de si mesmo ou simplesmente fedendo a banho morno.

Espero ter explicado alguma coisa...

Naldo Marquez.


Por falar em complicar alguém ai aceita um pedaço de pudim...

Vocês o receitaram! Não foi?!





terça-feira, 14 de julho de 2009

Uma Coleção original!!!! Uma filosofia por de traz de uma obra!


Aqui está um quadro feito em entalhe por Naldo Marquez. Realmente demonstra o gênio criador que há nesse filosofo e poeta, jornalista e blogueiro, alem de musico excepcional.

Essa obra faz parte de uma coleção chamada “ Centrismo “ . O próprio Naldo Marquez vai explicar está filosofia por de traz da obra e ainda postara mais quadros!!!!!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Palavrão é Arte!
























Palavrão é arte

Esse passo, se me lembro, não causou espanto em nenhum dos envolvidos diretamente no movimento. Acho que todos já intuíam isso de alguma forma e quando foi proposto, por sei lá quem, todos compreenderam a importância dele prontamente: “Sim, palavrão é arte!”.
Mas aos amigos, jovens e coroas, houve certo desconforto sobre esse passo. Palavrão é arte? Palavrão é algo inconveniente e não é de bom tom. Sim realmente palavrão não é de bom tom. Mas espera ai, como assim eu digo que é arte e depois digo que não é de bom tom...
O palavrão não é arte, é agressivo e anti-social, quando dito em momentos de violência real ou em desrespeito ou ofensas a um individuo. Mas no campo da arte é o que afirmamos ser no manifesto Nova Ordem por ser algo que abre portais de emoção tanto na literatura quanto em letras de musica e afins. O palavrão não consegue ser arte quando é posto de forma gratuita em determinada situação ou quando é posto fora de um contexto que o caiba. Em um capitulo louco do livro “Nas Pernas do Longo Rio” do mestre Nelson Coelho, um personagem está narrando as maravilhas de um dia de sol na praia e ele exclama: “ Puta que pariu! Como estou feliz! “ o palavrão rompe a monotonia de uma discrição comum sobre um dia de sol e abre espaço a um mergulho humano nessa cena quase que prosaica.Dando mais um exemplo posso citar um caso em que meu irmão mais novo gosta de imitar uma passagem do filem “Cidade de Deus “ em que o personagem Zé Pequeno vira-se para seu bando e diz: “ Porra! To fudido com vocês!”,a cena diverte meu irmão por esta frase estar sendo dita pelo ator com um sotaque e uma dicção que nos faz rir retirando do palavrão uma carga negativa ou pesada. Zé Pequeno é um personagem mau, não há como se gostar dele em todo o curso do filme, mas nesse momento do palavrão Zé Pequeno é humanizado. O palavrão dá a ele um ar de graça ( quase que no sentido religioso mesmo ) e mais do que isso abre uma parêntese ( mesmo que breve ) onde o espectador se identifica com o mostro, que até ali, era só o que se podia ser visto.

Visto por este ponto o palavrão é uma contribuição a arte e é arte. Quando dá realidade a uma cena que seria apenas cena, ou quando abre o já dito portal de emoção que faltava a um personagem ou situação que poderia estar ideal ou politicamente correta demais.

Ainda haverá com certeza muito ainda que se dizer sobre este passo, e muito a se mostrar do que foi produzido pela própria Nova Ordem.

Victor Viana





Um poema da epoca de fundação do movimento:


Há muito tempo não mexo nesses papeis, mas me animei com esse papo de desenterrar uma faze muito boa do meu passado. Aqui vai um poema que finalizava o meu primeiro livro o “Atravessando a ingênua espera”. Chamo os poemas dessa época de “Poemas da fase adolescente... espero que gostem:Poetica


Delicado: Julguei que o poema fosse flor,mas não.
O poema é bosta, é fezes e é cocô.
Delicado: Julguei que o poema fosse frescor.
Porra nenhuma!O poema é calor do inferno e não traz paz.
Sofro muito quando escrevo.
Pois o poema é faca.Faca no bucho.
è cigarro aceso de baixo das unhas.
delicado: Julguei que o poema fosse aroma de alfazema.
Alfazema é os diabos!
O poema é um orificio ferido e fedido.
O poema...O poema é cú.
Bem éssa era a conclusão do meu livro... eu era um adolescente...

quinta-feira, 9 de julho de 2009

vejam

Os textos da Nova Ordem eram profundamente experimentais , por parte de todos havia um certo cansaço em relação ao que se estava na moda ler no período. Nem todos chegaram a escrever livros propriamente ditos. Muitas das vezes eram poemas e contos que eram lidos em saraus ou luais em mesa de bar...
Mas nesse clima de busca houve por parte de cada um deles a descoberta política e filosófica onde eles descordavam e confiavam um nos outros criando assim um material muito interessante para ser procurado e lido.
http://victorvianabuzioscuringa.blogspot.com/

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O Feio è belo ( espero que essas reflexões nãos sejam chatas para o blog)























Eram realmente 30 os passos que julgávamos necessários para realizar uma conspiração na literatura e na arte brasileira em geral. Mas como já se tornou notório nós perdemos o tal manifesto. Naldo Marquez crê, em bem pode ser verdade, que o manifesto foi fumado em um enorme cigarrão. Estaria bem afinado ao espírito de nossa trupe naquele período. Mas puxando da memória eu lembro de alguns passos, os que foram propostos por mim e os propostos por meus amigos conspiradores. Creio que me lembro deles pela razão de eu realmente ter incorporado-os a minha escrita, tanto no que fiz no movimento quanto o que produzi pós movimento. Então já que não tenho visto ninguém daqueles que compuseram o movimento dando a cara a tapa aqui, eu vou buscar devagar ir aprofundando minhas impressões dos tais passos.

Começarei pelo “O Feio é Belo”. Foi eu que propus esse passo, e ele realmente não foi entendido por todos os participantes na época. Tive que explicá-lo bem umas 10 vezes a alguns. O que quis dizer na época e não mudou muito do que penso hoje é o seguinte:

Quando digo que o feio é belo é apenas uma provocação para causar impacto e atenção para uma afirmação que está velada por traz da frase. Na verdade o que pretendia dizer, e foi endossado por meus amigos, é que não existe o feio. Não realmente não ha a ‘feiúra”. Eu partia da afirmação de uma tendência filosófica contemporânea que apresenta o contrario de beleza não como algo feio mas como algo insignificante. Esteticamente eu dava o exemplo das obras de Picasso, há ali um rompimento com ideal de beleza renascentista...para alguns, na época muitos, era algo horrível de mal gosto o que Picasso fazia, mas quanta beleza há em suas obras, quanta emoção e sensibilidade. A maneira como Picasso desconstrói as formas femininas ou mesmo as masculinas e inanimadas e faz delas algo novo, algo enigmáticos. Quantos quadros são pintados de forma tradicional, retratando paisagens e ninguém dá a mínima, não tem valor artístico...são insignificantes, não são belos. O que Picasso criou é belo. Tem significado, ganhou um lugar no tempo e no espaço. Era isso que esteticamente eu queria dizer com o feio é belo. Filosoficamente era ainda mais sentida uma aguda percepção da subjetividade da beleza. Beleza em si não existe. Ela é uma produção social e psicológica de cada individuo que em menor ou maior grau é influenciado pelo seu meio. Em um tempo o belo era mulheres gordinhas, gostosissimasa meu ver, e agora se apregoa mulheres cadavéricas como exemplo de beleza! A proposta tanto plástica quanto em literatura era realmente romper preconceitos estéticos e filosófico presentes na arte brasileira e que nós achávamos que não tinham, e ainda esta assim, sido vencidos pelas vanguardas nacionais...Tanto semana de 22 quanto tropicália ou outras coisitas...é um assunto denso para ir m ais alem no Orkut vc não acha? Vou parar por aqui.

Ex: Arnaldo em seus primeiros livros de poemas aplicou muito esteticamente bem esse passo e Arildo com o seu aclamado “Vanda” , que foi uma das primeiras produções do movimento, mostrou isso de forma mais filosófica e com fino acabamento intelectual. Eu de minha parte busquei dar enfoque a esse passo na epopéia as avessas “Abhonep”.

(Interaja com Victor Viana no Orkut essa reflexão está na Comunidade “A Nova Ordem era a desordem “ Que esta no perfil do Curinga de Búzios. Entra no Orkut, clica em amigos e procura
“O Curinga de Búzios” fica amigo da gente lá no Orkut e entra na comunidade para debater sobre esse movimento. Esperamos por você!!! )