Seguindo na esteira que o Naldo Márquez abriu aqui, postando um poema de reflexão sobre o ser do poeta e ato de poemar, eu posto um poema meu do livro intitulado “O Verde Livro Tosco”. È uma tentativa de busca da própria poesia por ser tornar sempre autentica. Este livro escrevi para o movimento, curiosamente este o Naldo conhece pouco, mostrei e discuti ele mais com o Arildo Guimarães. Acho que no tempo em que montava este livro eu e o Naldo nos encontrávamos mais para discutir religião e assuntos ligados essa experiência.
poesia
A poesia virá
a poesia tem de vir
a poesia voará
saltará das paginas
e berrará cagará
catará seu piolhos
e os comerá
a poesia evoluirá
descerá das arvores
se agrupará
sexuará
trepará
milênios passarão
a poesia viverá
em cidades
se organizará
se alto normativará
criará
tribunais, igrejas, escolas
prisões
milênios passarão
a poesia se modernizará
e se alto destruirá
e dos cacos se levantará
a poesia.
Veja que aqui está a explícito o sentido do nome do movimento “Nova Ordem, que pode nascer da desordem”...a poesia como uma sociedade que se organiza se embrutece, fenece e do caos se levanta viçosa. Realmente não há pontuação, não há letras maiúsculas e há conjugação de verbos incorretos ou que nem existem...não há porque mudar, era sim que se concebe a poesia em uma Nova Ordem verde e tosca.
Victor Viana
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