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Peguei um demônio para criar. De tanta pena que dá do mau.
O sevei com todo tipo de lavagem boa. Daquelas da qual se alimentou o filho prodigo.
Aconselhei-lhe a deixar crescer os cabelos e a barba. Para se parecer com Cristo, como fez John Lennon e Che Guevara.
Era um demônio bom. Cheio de boas intenções...
O eduquei seguindo a risca o método do cantinho da reflexão. Com doses de grande amor. A qualquer travessura lhe enfiava um ferro quente na mão.
Ao aparar seus chifres notei que uma lagrima corria de um dos seus 365 olhos gordos.
Com a mão espalmada ao peito me confidenciou o amor,
que tinha por uma santa mulher que lhe prometeu o coração depois que ele subisse a montanha e matasse um dragão.
Victor Viana @VianaBuzios